LEI 2886, DE 11 DE SETEMBRO DE 1995

 

Institui como hino de Guaratinguetá o "HINO À TERRA DAS GARÇAS"

 

O Prefeito do Município de Guaratinguetá: Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

 

Artigo 1º O "HINO À TERRA DAS GARÇAS", de autoria de José da Silva Lacaz e Geraldo Monteiro dos Santos, passa a ser o hino oficial de Guaratinguetá.

 

Artigo 2º É obrigatório o ensino do canto e da interpretação da letra e música do "HINO À TERRA DAS GARÇAS", em todos os estabelecimentos de ensino de primeiro e segundo graus, do Magistério Público do Município.

 

Parágrafo único - Os estabelecimentos de ensino, tanto os particulares, como os da rede estadual, poderão promover, também, o ensino do referido hino oficial de Guaratinguetá, entre os seus alunos.

 

Artigo 3º Ficam fazendo parte integrante desta Lei, a letra e a música do "HINO À TERRA DAS GARÇAS".

 

Artigo 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, aos onze dias do mês de Setembro de 1995.

 

NELSON ANTONIO MATHÍDIOS DOS SANTOS

PREFEITO MUNICIPAL

 

CARLOS ALEXANDRE BARBOSA VASCONCELOS

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA ADMINISTRAÇÃO

 

Projeto de Lei Legislativo nº 79/95, de autoria do Vereador Walter Villela Pinto.

 

Publicada nesta Prefeitura na data supra. Registrada no Livro de Leis Municipais nº XXVII.

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Guaratinguetá.

 

 

HINO

 

1ª parte

 

Do albor da nobre pátria, tu vens, Guaratinguetá, (1)

 

Reduto de Itapacaré, (2)

De Félix e de Leme também, (3)

Pioneiros do torrão secular.

Garças – a singrar tuas águas (4, 5, 6)

Estrelas – a luzir em teu céu, Terra estremecida,

O valor dos viris filhos teus sagrará teu brasão imortal.

 

2ª parte

 

Canções derramando ao luar o astro e ardente dos teus menestréis, (7)

lira,

Que, a horas mortas,

Tange eterna no meu coração.

 

 

1ª parte

 

Revoar de garças brancas

Reluz, nas claras manhãs,

 

Em bandos, batidas de sol,

Tecendo, sobre a aldeia nascente,

O lema que eternizará. (8)

Torres, elos de paz e fé, (9)

Ungidas pela Colina Santa; (10)

Versos, nas tardes de ouro, (11)

Celebrai, em lampejos e sons,

O esplendor de Guaratinguetá.

 

 

2ª parte

 

Não mais Vale do Paraíba,

escrínio verde, jóia igual terá, berço de ousada gente

Que em silêncio constrói (incessante)

Teu porvir.

 

 

1ª parte

 

Dobrai refrão da glória,

Por ti, Guaratinguetá.

 

Presença de Rodrigues Alves, (12)

De frei de Sant’Ana Galvão, (13)

Pró-homens, o teu norte e fanal.

Fastos – a marcar tua História,

Cidade – vale em flor sob azul,

Terra

Estremecida,

O valor dos viris filhos teus sagrará teu brasão imoral.

 

 

2ª parte

 

Guará, fonte de todo amor, (14)

 - amor que não fenecerá jamais,

Solo

Abençoado,

Onde um dia virei repousar.

 

 

 

 

 

 

 

1)     – Guaratinguetá remonta ao início do Século XVII.

2)      - Nome indígena da região

3)     Jacques Félix e Domingos Leme, seus fundadores

4)     - Guaratinguetá: “terra de muitas garças brancas”.

5)      - “tuas águas”: o Paraíba, os ribeirões.

6)      - “singrar” –conf.Silveira Bueno: “navegar, velejar, atravessar. Fig –caminhar, andar, voar, andar pelos ares.”

(Grande Dicion.Etimológ.Prosódico, 7º vol., pg. 3765, ed.67)  

 

 

 

7)     – alusão às românticas serestas que ainda hoje ressoam em suas noites;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8)     – “lema” – Terra das Garças brancas.

9)     - “Torres” – desde logo, os fundadores erigiram a pequena igreja.

10)  - a colina de Santa Aparecida.

11)  - “tardes de ouro” – os luminosos crepúsculos na região.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12) 13) – Figuras exponenciais na vida pública e  na religiosa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

14) – Guará – Síntese afetiva.